Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

domingo, 3 de maio de 2015

Podas e silêncio




Uns mais outros menos. Todos nós prestamos atenção em algum tipo de vegetal; nas flores e frutos (principalmente os comestíveis). Quando buscamos algum tipo de informação, está escrito que há a necessidade de adubar e podar corretamente as plantas.

Assim como os vegetais, nós também necessitamos destes cuidados especiais. Ao fertilizarmos a nossa existência e apararmos os excessos, crescemos para uma vida de altruísmo, beneficiamos mais pessoas. O egoísmo é um fungo que impede o olhar de amplitude, abafa a sensibilidade para com aqueles que necessitam de acolhimento. Ele se espalha rapidamente e cresce na medida em que não contemos nossos impulsos individualistas. Se não cortamos e lançamos fora a falta de solidariedade, a tendência egocêntrica, vamos nos encolhendo, atrofiando nossos impulsos para a amizade. Vamos nos tornando mais pobres para a partilha, para uma vida de comunhão.

Sem a poda necessária ao caminho da simplicidade, perdemos a seiva, perdemos a alma e somos facilmente lançados a algum tipo de fogueira. A fogueira das vaidades; frágeis.

O silêncio e a oração, reabilitam. São nutrientes para as raízes. Reacendem as chamas da paz. Acalentam flores do coração, frutificam a esperança. Mesmo que nem sempre tenhamos a possibilidade do silêncio ou não estejamos dispostos a fazê-lo, precisamos nos esforçar para nos colocarmos longe do barulho que nos confunde. Assim serão realizadas as podas, e as nossas preces serão cada vez mais férteis.













"Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto se não permanecerem na videira. Vocês também não podem dar fruto se não permanecerem em mim".  João 15:4