Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Trachycephalus mesophaeus, a perereca leitosa

 Este pequeno ser vivo com cerca de 6 a 7 cm de comprimento ocorre em variadas regiões do Brasil, do estado de Pernambuco ao Rio Grande do Sul. Habitando áreas da mata atlântica, bordas de matas ciliares, florestas tropicais úmidas, geralmente com arvores situadas nas proximidades de várzeas, lagoas, córregos e rios. Estes anfíbios se reproduzem nos períodos de estação chuvosa, geralmente nas margens da água, até mesmo em poças menores.



 A espécie à noite utiliza as ventosas presentes nas patas para se fixar na parede. (Imagem: Cláudio Gontijo)



São indivíduos que se adaptam bem ao ambiente doméstico movimentando-se mais à noite, quando deixam os esconderijos utilizados durante o dia. Os insetos atraídos pelo luz, sobretudo em casas localizadas em áreas muito arborizadas, com vegetação abundante, lhes servem de alimento. São besouros, grilos, pequenos gafanhotos, baratas, louva-a-deus.












          O anfíbio busca insetos que são atraídos pelas luzes externas da casa (Imagens: Cláudio Gontijo)




O corpo destes anfíbios apresenta grande número de glândulas produtoras de secreções protetoras da sua epiderme. Esta secreção, de aspecto leitoso, é também utilizada para captura de alimento e para sua defesa; é formada por um  líquido viscoso, pegajoso, muitas vezes fétido e até mesmo tóxico.

Nestes últimos meses, no norte de Minas, muitos gafanhotos tem atacado diversos tipos de plantações numa região próxima à mata ciliar (plantios de mandioca, mamão, cítricos, plantas ornamentais),  O aparecimento desta espécie pode contribuir para o controle ou a diminuição desta população de orthópteros (gafanhotos).