Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

sexta-feira, 28 de março de 2014

Desequilíbrio Ambiental II

Os ecossistemas evoluem a partir da instalação de uma espécie pioneira ( algas e fungos ) em regiões de solos pobres em nutrientes. Todo este processo pode levar milhares de anos em curso até a instalação de um sistema biodiverso; como uma floresta, por exemplo. O estágio final é chamado de comunidade clímax, onde tudo o que foi formado se equilibra harmonicamente.


Água com resíduos de matéria orgânica oriunda do esgoto doméstico. Este fator aumenta a proliferação de algas e bactérias, reduzindo a vida natural aquática. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG



Talvez o grande erro do homem seja o de julgar que é capaz de interferir na organização dos biomas e reequilibrá-los com medidas artificiais. Desta forma, as matas ciliares e a vegetação das encostas são derrubadas, substâncias tóxicas são lançadas no solo e nos cursos d'água, volumes cada vez maiores de gases venenosos são despejados na atmosfera.




A retirada da mata ciliar prejudica as nascentes e promove a diminuição dos cursos d'água. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG



O grande objetivo da exploração dos recursos naturais em larga escala é a atividade econômica, a necessidade de lucros  ilimitados. Mas o lucro pressupõe controle de gastos. E o desfecho final é o retoque mal planejadodirecionado para a não recomposição do que foi retirado.



Animais silvestres sofrem com a degradação dos ecossistemas e migram para as cidades à procura de alimento. Imagem: Cláudio J Gontijo/Sete Lagoas-MG




O planeta não é uma fonte inesgotável e todos sabem disto. Os animais, a vegetação, a água, o clima, vão se modificando; a corrente se parte, a cadeia vai se fechando. E o futuro para os grandes empreendedores, de forma paradoxal, pode ser a ruína como resposta de um bioma maltratado e em desequilíbrio; desequilíbrio efetuado pelo próprio homem.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Noites de Aprendiz

Aprendiz que sou,
não vou afoito em toda a jornada,
antes,
sofro e dou graças por Ana e Cláudia.
Orações e contradições também vão comigo,
pelos dias onde chego a acreditar no que não posso decifrar.
Mas sei que nossa sina é crescer,
buscar em dias escuros; cheios de cores ou em meio à dor.
Devagar, em noites que não acolhem, permaneço acordado,
e mesmo em realidades que nem são minhas,
vou encontrar pessoas e portos que sempre vão me alimentar.

Imagem: Fred Veras











Gosto dos velhos e do seu olhar,
gosto dos que vivem de migalhas.
Quero ver como eles,
para estar com eles,
que são o que ainda não sou.
Gosto dos pequeninos,
que se alegram pelo que quase ninguém percebe,
são eles os que vão prosseguindo,
são eles que nos darão a plenitude.