Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

quinta-feira, 19 de março de 2020

Vírus: proteína e material genético

Doenças Virais

Um resfriado vai manifestando os seus sintomas: tosse, dores no corpo, coriza, febre. Em algumas horas virá a sensação de cansaço e mal estar. Seres de tamanho reduzido (submicroscópicos, ou seja, que não podem ser vistos por um microscópio comum) atacam as células e vão se replicando com muita rapidez. Por isto os sintomas aparecem de forma súbita.

Gripe, sarampo, hepatite, catapora, herpes, raiva, varíola, dengue, febre amarela, rubéola, poliomelite, meningite viral, AIDS são doenças causadas por estes seres a que denominamos vírus. 

Em algumas situações não há vacinas que poderão combater as doenças virais. Outras formas de medicação não combatem o vírus. Neste caso somente o organismo será capaz de produzir substâncias para controlar a enfermidade, os anticorpos. Os anticorpos fazem parte do sistema imunológico. Eles marcam os corpos estranhos para que sejam destruídos pelo próprio organismo. Esta ação pode levar frequentemente alguns dias. Em outras situações existem medicamentos que atuam nos sintomas controlando a doença, como é o exemplo da AIDS e outras infecções virais. 

O Vírus sobrevive sozinho?

O vírus não possui estruturas, organelas, celulares. Eles necessitam das células para a sua sobrevivência e para a reprodução. Sem o organismo celular o vírus é uma partícula de pouca atividade, de pouca dinâmica. No entanto eles são capazes de permanecer por um determinado período fora do ambiente celular.

O vírus se adere à membrana que envolve a célula e é capaz de deixar seu material genético atravessá-la. Em outras situações eles invadem o interior celular. Este é um dos fatores que os tornam patogênicos, causando muitas doenças.


O vírus se conectando à parede celular de uma bactéria

Os desenhos abaixo são uma forma simplificada de representá-los: 

O vírus é basicamente uma cápsula de proteína que envolve  DNA ou RNA


Formato de alguns tipos de vírus

Como é o vírus. Como se reproduz.

O vírus é formado por uma membrana proteica, uma cápsula de proteína (capsídeo), que envolve o seu material genético: DNA ou RNA. Em uma das suas formas de reprodução este material genético penetra o meio intracelular e incorpora-se ao conjunto de genes (genoma) da célula atacada. A partir deste momento o vírus passa a controlar as atividades deste organismo, conduzindo-o para a produção de réplicas. Ele é capaz de promover uma rápida multiplicação no interior das células. Após a sua reprodução em larga escala ele pode matar as células que o serviram e, em grande número, aderir-se a outras. A  partir desta multiplicação muitos atacarão ao mesmo tempo. Assim é grande a sua velocidade de propagação.



Esquema simplificado de multiplicação viral em uma bactéria. 





Um pouco sobre o coronavírus 


Este tipo de vírus pode causar sintomas semelhantes a um resfriado ao penetrar uma célula do corpo humano. Os principais são:

         
            - Febre
            - Tosse                                                                                         
            - Dificuldade respiratória                           
            - Fadiga      


Os sintomas podem evoluir para doenças pulmonares mais sérias. O vírus preocupa pelo fato de se disseminar de forma veloz e, em alguns casos, por causar complicações respiratórias que não respondem aos medicamentos.


Segundo pesquisas realizadas ele parasita normalmente determinados animais silvestres. No organismo humano ele é capaz de se reproduzir rapidamente. Uma pessoa contaminada pode transmiti-lo com facilidade através da saliva: pela fala, por espirros, pelo simples toque. O vírus também pode se depositar em superfícies como: 

                   
                      - maçanetas                                        
                      - corrimãos                      
                      - grades                        
                      - balcões                 
                      - prateleiras                    
                      - mesas                        
                      - cadeiras.



Pessoas idosas (maiores de 60 anos) ou portadoras de outros tipos de doenças são as que estão no grupo de risco para maiores complicações. São exemplos destas comorbidades:

- cardiopatias                             
- hipertensão                       
- diabetes       
- doenças pulmonares (tuberculose, enfisema, bronquite, asma, câncer)                                     
- outras enfermidades que reduzem a capacidade do sistema imunológico

A maioria das pessoas contaminadas (cerca de 80%) deverá desenvolver formas mais brandas desta virose e não necessitarão de maiores cuidados hospitalares. Outros casos necessitarão de internação em hospitais. Uma porcentagem que situa-se aproximadamente entre 2 e 5% poderá vir a óbito.


Existem várias formas de se fazer a prevenção em relação à contaminação:


- Lavar as mãos várias vezes ao dia com água e sabão.
- Evitar aglomerações de pessoas.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal.
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.
- Não utilizar relógios, bijuterias, joias, ao ter que sair às ruas.
- Retirar as roupas e calçados que tiveram contato com o meio externo em relação ao ambiente           doméstico e lavá-los com assepsia.


As redes sociais cresceram muito e continuam a crescer. Informações propagadas nestas redes sem qualquer conhecimento, falsas notícias, não auxiliam aos que necessitam de um mínimo de esclarecimento. Ao contrário, contribuem para aprofundar a apreensão. O estresse e a ansiedade gerados nesta realidade distorcida acabam por piorar diversos quadros de saúde. O compromisso e a responsabilidade ao transmitir informações são fundamentais.