retocou o tempo.
Nem se pode dar graças,
quando tudo, em gotas finais,
espantou a aridez do pensamento,
dos torrões ainda mornos,
dos pardos arbustos,
recompondo o dia ainda claro.
Agora as imagens já eram límpidas,
em alegria de cores nítidas.
Então veio grossa a enxurrada,
varrendo as grotas e a melancolia.
Parecia uma vida desenhada, a ser terminada.
Inúmeras cores teciam horizontes,
de toda a calma do sertão.
A água alimentou raízes,
orações e ribeirões.
Flores e amores.
Devolvendo a fartura,
de todas as veredas,
em lágrimas de alegria.
Texto e imagem: Cláudio J Gontijo/Norte de Minas