É o chão que se desenha com o mato seco,
por tudo o que carece de água.
E no tempo paciente,
a raiz é insistente.
Há que se ter mais coragem,
porque a esperança já vive na pele curtida,
sentida,
suportando o sol que queima e noites frias.
Frio que corta; é navalha.
Tudo é pardo.
Então, à tarde, antes que venha mesmo o breu,
pia o curiango, ouve-se longe os latidos,
e na escuridão que chega, a vida vem de novo.
Ainda que trôpega,
amanhece com o dia,
deixa se corar à luz espalhada pelo chão,
no chão de poucas sombras.
Por hora, nada necessita ser retocado.
É que no ciclo, de voltas conhecidas, de momentos marcados,
dormentes,
o vai e vem das horas é que compoe esta lida.
Não a das caixas com fitas, de papel colorido.
Uma existência assim, que, rachando a terra,
devolve novos brotos.