Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Coruja-buraqueira, Coruja do campo.

No Brasil a  coruja buraqueira (Athene cunicularia) vive em habitat diversificado como planícies, campos de pastagens, cerrado, nas proximidades das matas ciliares, e adapta-se até mesmo a ambientes urbanos. Possui hábitos diurnos, mas pode se manter ativa em horários noturnos. Apresenta visão e audição muito aguçadas. O seu campo visual pode identificar a imagem de forma tridimensional e é facilitado em função da capacidade que a ave possui de girar a cabeça em um ângulo de até 270 graus. 


A coruja buraqueira no interior de uma varanda em região rural. Imagem: Cláudio Gontijo

Alimentam-se de forma muito variada, são insetívoras e carnívoras. De acordo com a disponibilidade ingerem principalmente besouros, gafanhotos e grilos. Como alimentação carnívora comem pequenos roedores, aves de menor porte, lagartos, cobras. 


A fêmea possui tamanho um pouco menor do que o macho e tonalidade mais clara de penas. Imagem: Cláudio Gontijo

Abrigam-se em buracos no chão que são capazes de perfurar com o bico e as garras. Utilizam muito os que são cavados pelos tatus a uma profundidades que chega a 3 metros em sentido horizontal. O fundo costuma ser forrado por ramos e esterco. O cheiro do esterco atrai muitos dos insetos usados na alimentação, como os besouros.

Nestas tocas realizam a reprodução. A fêmea vai botando os ovos ao longo dos dias. A postura finaliza com cerca de 8 a 10 ovos, em média, que eclodem após 30 dias. O filhotes vão sendo alimentados geralmente pelo macho, que também na maior parte do tempo realiza a guarda da moradia. Após mais 4 semanas adquirem uma certa autonomia e já podem deixar o ninho. O casal adulto realiza a proteção do ninho com muita destreza e costuma atacar animais que se aproximam, até mesmo o homem, realizando voos rasantes e investindo na direção do invasor.




A coruja em hábito noturno. Imagem: Cláudio Gontijo