Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Caminho






Amo quando olho e cuido com ternura.
Amo quando trabalho pela paz que tiram do outro.
Amo quando desejo tocar, abraçar, todos os que cruzam a minha jornada, esvaziados.
Amo quando renuncio e me volto para os que percorrem o caminho, sozinhos
Amo quando sou grato.
Amo quando partilho, ainda que tenha pouco.
A serenidade me leva à esperança,
a esperança me leva à paz,
a paz me fortalece e me separa do medo.
Sem o medo posso amar com clareza e ardor.
Se não amo não posso contemplar,
se não amo não posso aliviar aquele que clama em dor,
se não amo não posso olhar nem para mim mesmo,
não posso me expressar em verdade,
não posso me entregar à oração.
Se não amo não posso viver em plenitude.