Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

quinta-feira, 5 de abril de 2018

A razão e o tempo










Ninguém está acima do bem e do mal. O tempo vai corrigindo tudo o que se desnivela ao sabor da ambição sem lastro. Como a ferrugem, o tempo corrói alicerces metálicos mentirosos. Todas as edificações amparadas nas paredes da corrupção se fragilizam pela sua própria natureza. 

À luz da razão e da própria emoção a arrogância nunca construiu mitos. Estes ídolos toscos não permanecem na história para contá-la em páginas limpas.

Personagens que germinaram pelo oportunismo,  perderam a sua ideologia em cifras que ninguém delimita ao certo. Embora almejassem estátuas em praças públicas e incontáveis homenagens, tornaram-se exemplos de dissimulação, apagados que foram por seu populismo de baixo valor. 

Sempre restará o que foi depositado pela justiça; nas ruas ou nas salas áridas dos tribunais. Restará também o que ficou dos anseios daqueles que se indignaram, daqueles que um dia acreditaram numa proposta que se esvaziou.

Ao final permanece ainda um longo caminho a ser percorrido. As estradas mais almejadas são as mais difíceis de serem traçadas. Ainda assim foram recortadas muitas outras vias essenciais, com todas as suas imperfeições e valetas pseudo partidárias. Todas estas serão as que vão conduzir ao verdadeiro bem estar.

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