Determinados moluscos são capazes de secretar uma concha espiralada composta de carbonato de cálcio (natureza calcária, semelhante aos ossos), com tamanho variando entre 7 e 15 cm. Alguns deles pertencem ao gênero megalobulimus. Eles são herbívoros alimentando-se de folhas e raízes vegetais em decomposição. Existem algumas espécies carnívoras que podem se alimentar de minhocas, larvas.
Possuem hábitos noturnos, onde se movimentam mais, e buscam locais úmidos. Enterram-se nestes locais, geralmente junto à base de vegetais. Durante o dia procuram afastar-se da exposição à luz do sol, escondendo-se desta luminosidade. Aparecem com mais frequência em períodos chuvosos.
Estes moluscos (animais de corpo mole) pertencem à classe dos gastrópodes (pés próximos à região visceral). Possuem três partes principais:
a- Massa visceral - onde estão a maior parte dos seus órgãos como: estômago, intestino, pulmão.
b- Pés - estrutura muscular ligada ao manto utilizada para a locomoção.
c- Manto - localizada abaixo da massa visceral, é uma estrutura que se mostra em grande parte no meio externo à concha. É responsável por secretar esta concha abrigando poros genitais e órgãos do aparelho reprodutor.
Reprodução
A maioria dos caramujos são hermafroditas, ou seja, possuem os dois órgãos reprodutores localizados no manto. A fecundação geralmente ocorre de forma cruzada, o órgão sexual de um indivíduo fecunda o do outro e vice-versa. O acasalamento pode durar em média 10 horas.
Após a cópula cavam a superfície do solo e depositam cerca de 20 ovos, que eclodem em duas semanas. Existem determinadas espécies com alta frequência de reprodução, capazes de depositar em média 200 a 400 ovos.
Rádula
Ocorre na boca uma estrutura denominada rádula. Esta língua rudimentar, com minúsculas protuberâncias, funcionam como dentes e ralam, cortam, os alimentos a serem ingeridos.
Os pés e o manto são capazes de secretar uma substância mucosa que facilita a locomoção. Em situações adversas como a aproximação de um predador, o manto é recolhido e uma membrana pode fechar a abertura da concha. Muitas espécies são capazes de produzir toxinas que afugentam estes predadores.
Um comentário:
Que texto recheado de boas informações e de forma didática.
Cláudia Gontijo
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