Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

domingo, 31 de dezembro de 2017

Simples









Sejamos gratos pelo que há de mais simples em nossa jornada. Acreditamos que a materialidade nós tornará mais plenos. Mas somente a simplicidade dos nossos atos no conduz à verdade. A verdade que nos leva a Deus. Deus é simplicidade sem contornos.

Sejamos gratos pela simplicidade que nos é ofertada dia após dia.

Sejamos gratos pela simplicidade que as nossas ações exalam quando nos aproximamos de tudo que é verdadeiro, de tudo que é Divino.

Sejamos gratos pela simplicidade de tudo aquilo que nos é essencial. Sejamos gratos pela simplicidade do amor.

Sejamos gratos pela simplicidade daquilo que realmente nos conforta. O Ano Novo que chegará, virá mais rápido do que nossas convicções. Então, que sejamos mais gratos, e mais simples!


terça-feira, 21 de novembro de 2017

Flamboyant; muita sombra, muitas flores

O Flamboyant é uma árvore que pode atingir a altura de 10 a 12 metros. Embora a altura não seja considerável, a sua copa pode se tornar muito larga e frondosa. A espécie, Delonix regia, tem origem na África e adaptou-se às regiões tropicais e sub-tropicais da América.



Um Flamboyant ainda jovem em período de floração. Imagem: Cláudio Gontijo




É muito utilizado como planta ornamental em função da beleza das suas flores avermelhadas. No entanto suas raízes fortes atingem também a superfície do solo, sendo capazes de destruir passeios e construções. Por isso são ideais para serem plantados em parques e campos abertos.



Flor do Flamboyant (existem tonalidades mais claras, amareladas). As sépalas estão localizadas mais ao centro da flor. Imagem web



As flores surgem entre os meses de outubro a dezembro. Elas são protegidas por sépalas (estruturas foliáceas menores que protegem diretamente a parte central da flor) e por pétalas (posição externa em relação às sépalas). Estas estruturas reprodutoras dão origem a vagens (leguminosas) que, por sua vez, irão originar as sementes. As sementes são muito duras e é necessário tirá-las de um estado de "dormência", colocando-as em água pura por um período de 24 horas. Após plantadas elas germinam em cerca de 15 dias.




A vagem seca do Flamboyant. Imagem: Cláudio Gontijo





Sementes no interior da vagem. Imagem web














sexta-feira, 21 de julho de 2017

O Pau d'arco roxo

O Ipê Roxo na verdade produz flores de tonalidade rósea/roxa. Por isso esta espécie, Tabebuia impetiginosa, é também conhecida como Pau d'arco rosa. 



Imagem: Cláudio J Gontijo




O Ipê roxo atinge uma altura que varia de 9 a 13 metros, podendo chegar a 20 metros em meio a uma floresta densa. Sua floração ocorre entre os meses de maio a agosto. Após este período, no início da primavera, as flores darão origem a vagens lisas que irão se romper originando sementes aladas. Estas sementes germinam bem em cima tropical, a sol pleno.




Imagem: Cláudio Gontijo





Sua madeira é dura, rígida, utilizada para construções externas. Também pode ser utilizada para arcos de violino, daí o nome pau d'arco. A casca é bactericida com poder medicinal em úlceras, feridas externas, infecções da pele.






As flores dão origem às vagens que se rompem originando as sementes. Imagens: Cláudio Gontijo



Esta espécie é adequada em arborização urbana pelo fato de suas raízes não causarem maiores estragos e pela beleza de suas flores.



Imagem: Cláudio Gontijo


terça-feira, 20 de junho de 2017

Amor recíproco




A gratuidade de nossos gestos revela o imenso amor de Deus por cada pessoa com quem nos relacionamos, porque todo amor gratuito vem de Deus e a Ele retorna através dos irmãos. Não importa se quem ama tem ou não um referencial religioso, se ama com pureza de coração é porque a essência do divino, que está em todos nós, o impulsiona a fazer o bem.

Comigo acontece muitas vezes que assumindo como minhas as dificuldades do próximo, depois encontro as minhas resolvidas ou amenizadas. O amor realiza o milagre da comunhão assim como o fenômeno de um líquido dentro de vasos comunicantes, ao ajudar alguém a resolver seus problemas, ao mesmo tempo estou resolvendo também os meus. Ou acontece que diante de uma grande dificuldade de um irmão, a minha dificuldade parece mínima. É como se Deus me dissesse: Faz algo por mim no irmão que eu também farei por ti.








Apolônio de Carvalho Nascimento

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Os animais de corpo mole; moluscos.

Encontramos moluscos na terra, na água doce e no mar. Embora sejam animais invertebrados, sem estrutura óssea partindo de uma espinha dorsal, muitos deles apresentam uma carapaça rígida, protetora de uma parte do seu corpo. Esta concha, como é chamada, é secretada pelo próprio corpo do animal (manto) composta de substâncias que são carbonato de cálcio, compondo o que denominamos de esqueleto externo ou exoesqueleto. Encontramos na praia diversas formas e modelos destas conchas. Na terra e na água doce a forma mais comum é o caracol, um cone torcido. 




Diversos tipos de conchas; algumas fazem a camuflagem do animal, outras repelem os predadores.




O corpo dos moluscos é dividido principalmente em três partes: cabeça, massa visceral e pés. Numa região denominada de manto, próxima aos pés, existem glândulas que secretam um muco pegajoso utilizado na locomoção e proteção do corpo. 





As vísceras envolvem os pulmões, órgãos reprodutores e digestivos. A cabeça apresenta tentáculos em cuja extremidade estão os olhos. O aparelho bucal possui uma estrutura relativamente rígida, a rádula, utilizada como uma língua capaz de preparar pedaços de vegetais a serem digeridos.


Caramujo com a concha e o par de tentáculos onde se localizam os olhos.





Estes animais dividem-se em três grupos ou classes: cefalópodes, gastrópodes e bivalves (bi- duas, valves- peças). 

Os cefalópodes não apresentam carapaça externa. Os polvos e lulas são seus principais representantes. 








 A imagem de uma lula



















O polvo no fundo do mar; um exemplo de cefalópode.










Os gastrópodes possuem uma única concha ou peça (univalves) de material rígido. Estes caracóis espalham-se pelo solo úmido, pelas margens de lagoas, rios e riachos. 


As ostras e os mexilhões são exemplos de seres vivos que fazem parte da classe dos bivalves. Apresentam duas peças (valves) protetoras da massa visceral interna. Habitam as costas rochosas marinhas, o fundo do mar e de cursos de água doce.


Os moluscos que vivem em ambiente aquático respiram por estruturas denominadas de brânquias, os terrestres possuem um sistema pulmonar.



As ostras possuem duas valves ou carapaças. Os bivalves não possuem região cefálica. Alimentam-se filtrando a água que entra no interior da concha.




sexta-feira, 19 de maio de 2017

Face a face






Hoje caminhamos confusos, onde o eixo é dúvida,
onde pensamos não haver como continuar,
sem qualquer olhar,
sem qualquer proposta,
sem nenhum abraço.
Mas então haverá o tempo em que amanhecerá,
e contemplaremos soluções onde se desenhava o improvável.
O mal se tornará decadente,
a desconfiança ficará em uma valeta da estrada,
carcomida e amarelada.
Mas tudo aquilo que experimentamos não se livrará do tempo,
o implacável tempo que tudo altera,
que deixará gastas todas as certezas absolutas que afirmamos e juramos,
pela nossa vida,
que também passará.
Todos sairão de suas jornadas,
porque elas deixarão de ser escolhas,
todos terminarão suas orações,
porque elas ficarão imprecisas,
todos deixarão suas palavras,
porque elas serão desnecessárias,
diante do que se colocará diante de nós.
Então veremos face a face,
aquilo que transportaremos, legítimo, para uma dimensão que estará em nós,
onde o amor dirá todos os dons,
todas as curas,
milagres,
preces,
confissões.
E mesmo com a esperança que transportamos a passos rápidos,
preocupações,
ocupações,
tudo ainda terá sido minúsculo,
diante do que teremos,
por uma imensurável,
necessidade de vida eterna,
de vida em licitude,
de vida em plenitude,
de verdade..





quarta-feira, 15 de março de 2017

Viver para os outros



Quando tocamos em algo, deixamos as nossas impressões digitais. Quando tocamos a vida das pessoas, deixamos nossa identidade. 

A vida é boa quando você está feliz; mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por causa de você. Seja fiel ao tocar os corações dos outros, seja uma inspiração. Nada é mais importante e digno de praticar do que ser um canal das bençãos de Deus. 

Nada na natureza vive pra si mesmo. Os rios não bebem a sua própria água, as árvores não comem seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo, as flores não espalham sua fragrância para si. 









Jesus não se sacrificou por si mesmo, mas por nós. Viver para os outros é uma regra da natureza. Todos nós nascemos para ajudar uns aos outros. Não importa o quão difícil seja a situação em que você se encontre, continue fazendo o bem aos outros.





Baseado em um relato do Papa Francisco.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Um artrópode predador: o escorpião

Em períodos chuvosos alguns seres vivos costumam se deslocar com frequência de um local para outro à procura de maior proteção e de alimento. Entre eles estão os escorpiões.

Os escorpiões são predadores de hábitos noturnos. Alimentam se de baratas, grilos, moscas, larvas, aranhas. Vivem naturalmente debaixo das pedras, dos troncos de madeira e folhas em decomposição. Muitas vezes encontram o seu alimento nos entulhos que deixamos. Eles também são canibais, podendo devorar os da sua própria espécie.

Sua visão é pequena, porém ele é capaz de perceber as vibrações e o calor das suas presas através de minúsculas estruturas (estigmas) localizadas no seu corpo, dos seus pedipalpos (palpos) e patas. Por isto são extremamente perigosos.






Estes seres são aracnídeos. Estão no mesmo grupo das aranhas comuns. Seus ancestrais vivem no planeta há mais de 400 milhões de anos, daí a sua grande capacidade de adaptação a diversos ecossistemas. Possuem um exoesqueleto (carapaça externa) resistente. Esta camada protetora dificulta o seu extermínio.

Das mais de 130 espécies de escorpiões conhecidas no Brasil,  três espécies  estão entre as mais comuns nos acidentes em função de sua picada e veneno.

São elas:

Tityus serrulatus - o escorpião amarelo, comum principalmente no sul e sudeste, campeão em acidentes urbanos.

Tityus serrulatus 


Tityus bahiensis - muito comum em acidentes rurais, encontrado com mais frequência nas regiões centrais e no nordeste.


Tityus bahiensis


Tityus stigmurus - conhecido como escorpião do nordeste.


Tityus stigmurus



A espécie Tityus serrulatus se reproduz por partenogênese. A partenogênese é uma forma de reprodução assexuada, sem necessidade de um casal. A fêmea produz inúmeros ovos que darão origem às formas adultas. A sua multiplicação ocorre com facilidade. Uma fêmea pode gerar aproximadamente entre 30 e 40 filhotes a cada ano. Estes permanecem no dorso da mãe por cerca de uma a duas semanas até se espalharem.

O veneno, peçonha, destas espécies age no sistema nervoso, ou seja, é neurotóxico. Afeta o sistema respiratório podendo causar a morte por parada cardio respiratória. Pode ser fatal em crianças, idosos, pessoas debilitadas. A picada costuma ser muito dolorosa. A dor se espalha pelo corpo tornando-o sensível a qualquer toque. 

Os predadores naturais dos escorpiões são aves (gaviões, corujas), anfíbios, cobras e alguns mamíferos como o gambá, o macaco. Muitos destes animais enfrentam dificuldades de sobrevivência em função da destruição dos seus habitats (cerrado, matas ciliares, cursos d'água). Sem os seus predadores estes aracnídeos se multiplicam e migram para vários locais.

É possível evitar muitos dos acidentes com os escorpiões. 1- Manter o ambiente doméstico limpo e livre de entulhos. 2- Vedar bem a entrada das fossas. 3- Verificar sempre o vestuário, as roupas de cama e os sapatos antes de utilizá-los.