Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Calúnia






A calúnia é a tentativa de apagar o que não se pode construir. Estes estão fragilizados, distantes da dignidade. É assim que criam as suas próprias lutas fantasmagóricas.  Apressados e incapazes, não visualizam os benefícios da boa vontade. Uma armadura de rancor é o que resta para ser arrastado em uma jornada penosa e ilusória.

O silêncio e a reflexão, a coragem e a constância, a esperança e a fé,  edificam em torno destes exércitos de dúvida e indiferença, momentos de piedade. A misericórdia do Criador e a tolerância resgatará estes seres escravizados, os chamará à plenitude, e os tornará construtores.

Não podemos pensar em uma caminhada evolutiva, sem levarmos conosco a reflexão a cerca destes que muitas vezes nos entristeceram. Afinal somos todos filhos de uma única e sagrada Criação. Não há como se conceber a comunhão e a paz, quando somos indiferentes aos que se encontram sem qualquer eixo, perdidos pela ira e a maledicência. Não há como enxergar a nossa própria jornada com clareza, se não tivermos a esperança da purificação dos que se distanciam da verdade. O tempo se encarregará de moldar qualquer divergência humana, como o faz até mesmo com as rochas.

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