Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

sexta-feira, 20 de março de 2015

José













Ao se deparar com o fato de que sua prometida esposa trazia no ventre uma semente de vida, José recolheu-se em silêncio. O silêncio daquele que visualizava algo milagroso e divino mas, como homem comum, também era tocado pela dúvida. Ele pode ter julgado ser indigno da Graça que não foi capaz de delimitar. Ao silenciar seu coração humano, José recebeu um afago sobrenatural e Divino de um Anjo.

A paciência e justiça daquele homem deu a ele a herança maior. A vida. A salvação. A plenitude em meio ao equilíbrio e a prudência.

Com o sacrifício, a humildade e a perseverança, José se fez Pai. Propiciou o alimento e se fez alimento, acolhendo, tornando-se parte da Sagrada Criação, da Sagrada Família. 

A vida humana de José terminou antes que ele presenciasse a Crucificação de Cristo Jesus. Mas certamente ele, pela Fé, silenciaria-se diante da cruz; a exemplo de Maria.

2 comentários:

Celle disse...

GESTO DIGNO E DISTINTO DO PAI DE JESUS, DIANTE DE UM MILAGRE DE DEUS!

Cláudio José Gontijo disse...

José, Circele, foi manso, silencioso e recolheu-se. Ele nos convida a sermos assim, nos momentos de dúvida. Um abraço. (Este foi o tema que utilizei na Adoração do Santíssimo/às 5ª feiras).