Imagens: Garça-branca-grande (Ardea alba), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)/Cláudio Gontijo

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Flores e frutos












Enquanto se anteciparam aos frutos, as flores nos distraíam com as cores.
Elas sabiam que assim poderíamos esperar pelo alimento,
sem deixar que a alma estremecesse de fome.






















Texto: Cláudio J Gontijo Imagens: Flores do Ipê-rosa (Tabebuia heptaphylla)/Cláudio J Gontijo/Lassance-MG

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Minúsculas Horas


Fico até pensando que temos que ter pressa,
as horas nos parecem múltiplas,
e concluímos que teremos tempo.
Mas quando se vê já não é mais a hora do recreio.
E o encontro adiado já não pode mais acontecer.
Não porque o outro partiu, mas porque já não é o mesmo.
Meus amigos de infância.
Ainda sobraram alguns.
Sei de como eles sorriem e conheço o seu olhar.
Ainda que me sejam até estranhos, ainda há o que foi vivido.
Insisto.
Tomara que alguns poucos se lembrem.
Antes que se passem 50 anos, 
 e eu já não seja mais o mesmo.


























Imagem e texto: Cláudio J Gontijo

domingo, 6 de abril de 2014

Borboletas

Os numerosos insetos possuem uma ordem, Lepidóptera, representada por borboletas e mariposas. Os Lepidópteros (do grego; lepi: escama e pteros: asas) possuem minúsculas escamas que cobrem as suas asas; nas mariposas ("bruxas") esta cobertura é mais profusa. 




As antenas e as patas muito finas são uma das características das borboletas. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG





As borboletas encontram nas árvores e nas flores os elementos fundamentais ao seu habitat e nicho ecológico. Elas possuem uma par de finas e delicadas antenas, utilizando-as como importante membro sensorial capaz de perceber cheiros, movimentos, vibrações. Apresentam dois pares de asas. As patas finíssimas são utilizadas quase sempre para o apoio e menos para a locomoção. Apresentam cabeça, tórax e abdome. 



Uma borboleta "foge" do seus predadores (geralmente pássaros) utilizando o mimetismo (capacidade de confundirem-se com as cores do seu meio). Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG




Grande parte destes insetos alimentam-se de seiva, resina e néctar de vegetais, nos troncos de árvores e pétalas das flores. Algumas espécies podem até mesmo alimentar-se de pequenas porções de mel, de fluídos do corpo animal em decomposição. O aparelho bucal dos insetos é variável (saúvas, por exemplo, possuem apêndices cortantes). As borboletas apresentam um longo aparelho bucal em forma de uma tromba; o probóscide ou espirotromba.




A espirotromba (probóscide) de uma borboleta. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG




A parelho bucal estendido para sugar a resina, juntamente com as abelhas. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG


A espirotromba é mais visível nesta outra espécie. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG
















As borboletas são capazes de depositar em folhas e troncos, centenas de ovos minúsculos. Após um período de três a cinco semanas eles darão origem a vorazes larvas (lagartas) que se alimentam de frutos, folhas, cascas de árvores e, até mesmo, de madeira pura. As lagartas adultas constroem uma espécie de invólucro (crisálida). Completado o seu desenvolvimento, o inseto romperá o casulo já apresentando a morfologia de uma borboleta.

Asas de variadas cores e estampas. Quase imperceptíveis. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG

A beleza das asas abertas em breve repouso à espera do momento de dividir a resina com a abelha. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG

















Ovos e larvas de uma borboleta. Imagem: borboleta.org






Exemplares machos de muitas espécies podem voar buscando uma mesma região. Há, curiosamente, uma certa disputa. Observando os seus hábitos com  atenção é possível, ocasionalmente, notá-los pousados praticamente juntos em troncos de árvores ou flores. Machos e fêmeas de uma mesma espécie podem apresentar coloração diferentes nas suas asas. Em determinadas espécies as fêmeas são ápteras, ou seja, não possuem asas.




Exemplares machos ocupando praticamente a mesma área. Imagem: Cláudio J Gontijo/Lassance-MG


















terça-feira, 1 de abril de 2014

Eucaristia

"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele".
João 6:56

Na noite anterior à sua flagelação na Cruz, Jesus reuniu os 12 apóstolos naquela que foi chamada a sua última ceia. O Senhor apresentou o pão e o vinho, repartindo-os com seus discípulos em um ato de oração, caridade e fé. Naquele momento Cristo instituiu a Eucaristia (do grego; ação de graças). Deixou o seu gesto para que fosse perpetuado por séculos e séculos até a consumação dos tempos, em memoria do sacrifício empreendido por ele entregando seu corpo e alma. Aos 33 anos de uma vida jovem e promissora, ele resistiu à dor física intensa, à humilhação da Cruz, doando-se para a criação de um novo tempo, para a purificação dos nossos pecados.




Imagem: reprodução da obra de Leonardo da Vinci/A Última Ceia/1495-1498




É na Eucaristia que observamos o maior sinal de unidade e caridade. A Comunhão de todos os presentes em torno de um sagrado banquete, onde se recebe o Cristo, homem e divindade, para o alimento maior, saciando-nos para a Eternidade. 

A Oração Litúrgica e Eucarística, a ação do Divino Espírito Santo, transportam o corpo e o sangue de Jesus para a substância da partícula, sem que haja transformação substancial da Hóstia (do latim; vítima)/espécie Consagrada. É a sagrada transubstanciação. 

Eucaristia é o maior gesto de amor de Cristo para conosco, é o clímax da ação santificante de Deus para com todos os que partilham. Ao estarmos em Comunhão buscamos a Graça intensa e nos colocamos abertos para recebê-la, em fé e consciência, de alma limpa.

"E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós".
João 17:11







Texto: Cláudio J Gontijo